quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Cleptomania

Cleptomania é um distúrbio compulsivo, onde o indivíduo não consegue resistir ao impulso de roubar objetos. Ele tem consciência do que está fazendo. Os itens furtados não são para seu uso pessoal, podem ser dados de presente, guardados ou até jogados fora. Antes do roubo, ele sente uma tensão acelerada, durante o mesmo e logo após a sua realização, sente uma sensação de satisfação. Simplesmente não consegue resistir ao impulso, é como um vício e é isso que caracteriza a cleptomania. Há uma repetição do comportamento (roubar) mecanicamente, por imposição de seu inconsciente. O cleptomaníaco não rouba para expressar raiva, ou por querer se vingar. E também não o faz como resposta a supostas alucinações (exemplo de alucinação auditiva: o indivíduo ouve vozes que lhe dão ordens para roubar). Com freqüência, os cleptomaníacos têm outros distúrbios tais como: ansiedade, anorexia, bulimia, distúrbio bipolar, entre outros. De uma forma geral, o indivíduo busca nos objetos de seus furtos, uma compensação por possíveis problemas nos seus primeiros anos de vida, nos quais se forma a personalidade. Privações de amor e compreensão por que passa uma criança antes dos sete anos, podem determinar certas respostas neuróticas. A falta de afetividade costuma ser a grande causa. Mas isso não é via de regra. Ele pode roubar para enfrentar sua ansiedade. É necessário investigar sobre a vida da pessoa para poder levantar uma hipótese de diagnóstico mais provável. Segundo Hermano Tavares, psiquiatra do Hospital das Clínicas de São Paulo, “Estudos mostram que essas pessoas têm alterações em uma área do cérebro responsável pelos impulsos e pelo juízo de moral” Esse distúrbio costuma acontecer mais em adultos, com maior incidência em mulheres, porém há crianças que o apresentam. No caso de crianças, 99% de chance de ser devido à falta de afeto. No caso de adultos, pode ocorrer que situações no presente façam ganchos emocionais com fatos do passado. Exemplo: uma mulher que não teve carinho por parte do pai na infância (passado). Nunca havia apresentado comportamento cleptomaníaco. Porém casa-se com um homem que a trata também com pouco afeto. Essa situação do presente, desperta no inconsciente a lembrança da situação parecida do passado. A partir daí então, para compensar a carência, ela se torna cleptomaníaca. ” A pessoa portadora desse distúrbio deve ser compreendida como compulsiva por roubar e diferenciada de um “ladrão”, cujo roubo é intencional e o faz por desvio de caráter. O Cleptomaníaco tem consciência de que o ato é errado e sem sentido. Ele tem medo de ser descoberto e se sente deprimido ou culpado. Precisa de tratamento. Uma medicação pode ajudar no controle da ansiedade. A terapia é crucial, nela busca-se situações não resolvidas e o ajuda a dissolvê-las. Com isso passa a entender o seu próprio comportamento, podendo assim transformá-lo. A família pode e deve pedir orientação para cuidar de seu ente querido.
PAZ!